UE pede à Ferrari que abra mão de propaganda tabagista

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BRUXELAS - O comissário europeu de Saúde, Markos Kyprianou, pediu à Ferrari que abra mão do patrocínio da indústria de cigarros, que dificulta a meta de acabar com a publicidade do fumo nos eventos esportivos.

A maioria dos países onde há corridas proíbe a propaganda do tabaco, e a maioria das fábricas de cigarros já abandonou a Fórmula 1, lembrou Kyprianou em carta à equipe italiana.

O contrato da Ferrari com a Philip Morris, até 2011, é a única exceção visível, o que faz com que a propaganda de cigarros ainda seja vista em corridas fora da UE, mas que são transmitidas para a Europa.

"A situação resultante não é satisfatória, já que prejudica os objetivos da legislação da UE", disse o comissário.

"Tenho certeza de que encontrar um patrocínio alternativo não constituirá um grande desafio para uma empreitada tão bem-sucedida quanto a Ferrari, cuja imagem não estaria mais associada a um hábito assassino."

Kyprianou prometeu se empenhar para cumprir rigidamente a proibição da propaganda no território da UE e defender uma suspensão nos países que ainda permitem a publicidade do tabaco ou que não fiscalizam a proibição.

Ele citou China, Japão, Barein e Mônaco como exemplos, e disse que conversará com o governo chinês no começo de setembro.

"É claro que a melhor solução seria que a Ferrari e a Philip Morris decidissem de modo pró-ativo acabar o atual acordo de patrocínio imediatamente, um gesto que seria muito apreciado."

OESP, em 03/09/07