Fumo deixa marcas permanentes
nos genes
SÃO PAULO - Fumar deixa marcas nos genes que persistem por anos, mesmo quando a pessoa abandona o hábito. Um grupo de cientistas canadenses identificou 124 genes que são alterados pelo cigarro e não voltam mais a se expressar normalmente, como mostra a revista especializada "BMC Genomics" (www.biomedcentral.com/bmcgenomics). O cigarro provoca uma série de alterações moleculares que parecem variar de pessoa para pessoa. Algumas delas podem desencadear a formação do câncer, como quando permitem que uma célula danificada continue a se multiplicar no corpo. Nesse estudo, pesquisadores do Centro de Pesquisa do Câncer de British Columbia viram que proteínas produzidas pelos genes alterados estão associadas a doenças pulmonares. Eles analisaram amostras de tecido dos brônquios de 24 pessoas: 8 fumantes, 12 ex-fumantes (que haviam parado de 1 até 32 anos atrás) e 4 não-fumantes. OESP, em 30/08/07 |