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400 milhões de mortes evitadas...

2007/10/03 | 16:25
...se metade dos fumadores abandonasse o tabaco nos próximos 20 anos
 

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O director da Faculdade de Medicina do Porto afirmou hoje que seria possível evitar cerca de 400 milhões de mortes, a nível mundial, se nos próximos 20 anos metade dos fumadores deixasse de fumar.

«O intervalo entre o início do hábito de fumar até ao aparecimento de doença relacionada é de 20 a 40 anos», acrescentou Agostinho Marques, no âmbito das I Jornadas de Actualização em Pneumologia para a Medicina Familiar, a decorrer até quinta-feira, no Porto.

Estas jornadas destinadas aos médicos de família da região Norte são dedicadas ao tabagismo e aos programas de cessação tabágica (deixar de fumar).

Agostinho Marques, que é também responsável pelo Serviço de Pneumologia do Hospital de S. João, defendeu que o médico de família tem um papel fundamental na prevenção e no aconselhamento do fumador, alertando-o para a existência de ajuda especializada e adequada às suas necessidades, nomeadamente as consultas de cessação tabágica.

Em Portugal, segundo dados da organização das jornadas, os inquéritos nacionais de saúde, de 1998 e 2005, mostram que, nos homens, o hábito de fumar desceu de 32,8 por cento para 31 por cento, enquanto no mesmo período as mulheres fumadoras aumentaram de 9,5 por cento para 10,3 por cento.

Verificou-se também que o tabagismo é um problema maior na metade mais jovem da população portuguesa.

Na população masculina também é claro o aumento do número de ex-fumadores, na população mais velha, sugerindo que a maturidade e o aparecimento de doenças do tabaco levam muitos fumadores a abandonar o vício.

Quinta-feira será apresentado por Agostinho Marques o modo de acção de uma terapêutica que ajuda a deixar de fumar.

Esta terapêutica ajuda, segundo o médico, a eliminar os efeitos da privação do tabaco, como a irritabilidade, a ansiedade, o desejo compulsivo de fumar, os distúrbios do sono e o aumento do apetite e do peso.

55 por cento quer deixar de fumar

O fármaco, disponível nas farmácias desde Março, é de prescrição médica, sendo por isso obrigatório recorrer ao médico de família ou às consultas de cessação tabágica para iniciar o programa.

As restantes opções, que existem no mercado, são as chamadas TSN - Terapêuticas de Substituição de Nicotina e são de venda livre (pastilhas e pensos de nicotina).

Dois milhões de fumadores em Portugal

Em dois milhões de fumadores em Portugal, estima-se que 55 por cento queira deixar de fumar.

Agostinho Marques defende, por isso, que «é importante que se continuem a desenvolver novas terapêuticas antitabágicas, de forma a diminuir os números elevados de mortalidade e morbilidade gerados pelas doenças associadas à dependência do tabaco».

O tabagismo é considerado, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a principal causa de morte evitável em todo o mundo.

Um terço da população mundial adulta, ou seja cerca de um bilião e duzentos milhões de pessoas, são fumadoras.

Na Europa, cerca de 700 mil pessoas morrem anualmente devido a doenças relacionadas com o tabaco.

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Comentários dos leitores
  • tantos ...

    CT
    2007-10-03 22:42
    e depois como é que se alimentava essa gente toda ...
    querem escandalizar com os numeros mas façam os mesmos estudos para as doenças derivadas das más condições de trabalho ou acidentes se calhar também deviamos deixar de trabalhar pois tb mata ...

    ridículos, a liberdade individual está a ser ameaçada pela histeria e fundamentalismo ...
  • Está na moda

    Mistral
    2007-10-03 22:04
    Eu sou fumador, gostaria de deixar de fumar, mas fumo porque me dà prazer, depois de um café, bom almoço/jantar.

    Hipócrisia são estas notícias, acabem com as plantações e tabaqueiras e ninguém fuma, já agora acabem também com a droga.

    Li um comentário, abaixo que diz tudo. A guerra, o terrorismo, a fome (crianças que não tem de comer) a sida. etc.

    Tenho um Amigo italiano que diz: o tabaco mata mas o TEXTIL NA EUROPA, mata ainda mais.

    Deixem o fumadores em paz, cada qual morre na sua hora.
  • MÉDICOS BACANOS

    TOPATGUDO
    2007-10-03 21:30
    Estes médicos são mesmo bacanos, então com estas teorias uma pessoa nunca mais morria e iria ser tédio tremendo.
    Eu não fumo, mas o meu pai fuma desde os 14 anos e já tem 82 e ainda despacha 2 maços de tabaco por dia, além disso despacha numa semana 250gr de manteiga, assim a ciência e a estatística é idiota ou cómica ou o meu pai é um case study (isto em inglês soa melhor).
    Se a idiotice pagasse imposto o Estado era rico, porque isto da morte se um gajo não morre de pé, morre deitado ou sentado.
  • Já sei quando vou morrer

    Luis Cabrita
    2007-10-03 20:03
    e posso já dizer-vos o dia.
    Ora aqui vai.

    Eu vou morrer precisamente no dia em que falecerei.
    Claro que a comunidade medico-cientifica tem meios de me evitar a morte, assim agradeceria que mos comunicassem, com a garantia expressa que, se eu deixar de fumar hoje mesmo, vivo pelo menos até aos 400 anos, como alias o meu querido avô (Deus o tenha) queria viver, ele que por acaso morreu de efisema pulmonar sem sequer um dia ter fumado.
    Mas como aparentemente irei morrer la prós 75, 80 anos, ou com sorte perto dos 90 como o meu ti'Luis, ele que so deixou de fumar quando morreu, parece que ninguem me da tal garantia.

    Alias a unica coisa que pelos dias que correm está garantida parece ser mesmo a morte, e mais ano menos ano acho que ao falecido pouco importa.

    Cumprimentos
  • O que mata mais gente?

    Aceitante
    2007-10-03 18:37
    O tabaco, a guerra, a má nutrição, as canseiras causadas pelo desemprego - ansiedade, neuroses, psicoses, a tuberculose causada pela falta de alimentação, pela SIDA e por tantos outros factores - ou o simples facto de fumar uns cigarros por dia?
    Não defendo o uso do tabaco, como não defendo o uso de drogas, de alcool, de comidas plásticas, de hormonas de crescimento para os animais inseridos na cadeia alimentar humana, que o Sr. Dr. esqueceu de citar nas suas declarações.
    Conhece estudos universitários de países evoluídos, como Estados Unidos, França e Inglaterra ou Alemanha, mas prefere o Sr. Dr. limitar-se a falar do tabaco como causa única de tantas mortes no mundo.
    Ousaria contradizê-lo se falasse das mortes causadas pela péssima alimentação humana, pela obesidade mórbida, pela diabetes e pelas crises cardíacas devidas ao stress e a causas alimentares e madicamentosas - drogas - mas abesteve-se o Sr- Dr. de falar disso.
    A sociedade global está longe de ter condições de vida dignas e que permita à humanidade viver em saúde. Veja quantas doenças profissionais e mortes podiam evitar-se se houvesse mais equidade.
    Quererá o Sr. Dr. falar disso? Evidentemente que não, porque não pretende criticar negócios menos claros no mundo farmacêutico. Mas sabe-se ser um mundo á parte e repleto de interesses, sabendo-se também que medicamentos há que lesam gravemente o organismo humano, especialmente certos órgãos, mas que são receitados porque os laboratórios são magnânimos. Quantas cirroses poderiam ser evitadas e que não foram causadas pelo alcool? Quantas taras vesicais? Quantas complicaçãos surgem devido à verdadeira incúria com que alguns lidam com o assunto? Quantas mortes acontecem por ano no mundo não por causa do tabaco mas pela implementação de medidas atentatórias ao bem-estar da sociedade?
    São muitos milhões que é preferível esquecer? Uma pessoa que fume e deixe de o fazer, com ou sem medicação, fica três vezes mais sujeita a crises cardíacas que outra qualquer. Se juntarmos as cárdio-respiratórias, deve multiplicar-se por dois, o que perfaz seis veses mais sujeitas. E quer os cardiologistas quer os fisiologistas têm assegurado o futuro. Porque será que só muito raramente se interna algum tuberculoso e se obrigam a deslocar-se aos postos, antigos SLAT para que lhe forneçam a medicação diária, chova ou vente? Não será para alimentar todo um status em que é melhor não tocar?
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