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José, que fuma 3 maços por dia, defende
proibição
DA REPORTAGEM LOCAL
O taxista José Nilson Viana, 54, fuma há 20 anos três maços de cigarro
Carlton por dia. Isso mesmo. São 60 cigarros, do momento em que acorda até
a hora de dormir. "Em tudo o que eu vou fazer tem sempre um cigarro antes,
durante e depois. Minha vida sou eu, o carro, o rádio e o cigarro",
afirma. Apesar de ser um fumante inveterado, Viana é a favor da
proibição de cigarros em ambientes fechados. "Pelo menos no período que
estivesse no lugar, deixaria de fumar. Se todos os locais fechados
vetassem o cigarro iria diminuir bastante a quantidade que fumo." A
apresentadora Eliana também é a favor da proibição do cigarro em lugares
fechados e a defende até mesmo em discotecas. "Acho maravilhosa [a idéia
de vetar o fumo] nas discos. É tudo muito pequeno, não tem ventilação que
suporte", afirma ela, que diz se incomodar muito com o cigarro. "A gente
acaba fumando involuntariamente." Para a designer de interiores
Cristiane Roximba, a cidade toda já é muito poluída e a proibição de
cigarro em ambientes fechados aliviaria a situação. "Como mãe [seus filhos
têm 13 e 10 anos], recrimino o cigarro." A estudante de publicidade
Térsia Souza Cunha, 18, fumante, é a favor da proibição apenas em
restaurantes. "Já na balada acho mais complicado." Sua colega, a
estudante de relações internacionais Luana Lima, 20, também fumante, não
quer que o cigarro seja banido em nenhum tipo de estabelecimento. Para
ela, a lei atual deve ser cumprida e, para não haver incômodo aos
não-fumantes, os estabelecimentos devem separar uma área para fumantes -o
que não costuma ocorrer. "Acho uma hipocrisia querer proibir cigarro. Se
proibisse, quem iria fiscalizar? Hoje existe a lei, mas o controle é
totalmente ineficaz."
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