As ações dos bancos passam a dividir com siderurgia e mineração a lista de maiores altas do índice Bovespa. Às 11h14, os principais destaques eram Unibanco Unit (5,25%), Usiminas (4,02%), Bradesco (3,91%), CSN (3,52%), Vale PNA (3,32%), Souza Cruz (3,29%), Vale ON (3,09%) e Itaú PN (2,89%). O índice Bovespa registrava alta de 2,21% às 12h05, a 61.744 pontos. O volume de negócios é de R$ 1,7 bilhão.
Segundo analistas, as ações do setor financeiro sobem com dois fatores principais: a provável venda do ABN e procura por papéis que não subiram muito na recuperação da Bolsa.
A negociação pelo holandês ABN Amro parece estar na reta final. O britânico Barclays recebeu o apoio de menos de 1% do total de ações com direito a voto do ABN em sua oferta de compra (estimada em US$ 85 bilhões). A baixa aceitação por parte dos acionistas do banco holandês era amplamente esperada, e faz com que seja praticamente certo que a contra-oferta superior apresentada pelo consórcio liderado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) - de US$ 101 bilhões - será bem-sucedida. O grupo de bancos, também integrado pelo Santander e o Fortis, está oferecendo 70,3 bilhões de euros (US$ 101 bilhões) pela instituição holandesa, sendo 93% em dinheiro, valor bem maior do que o proposto pelo Barclays.
Analistas apontam que o negócio eleva os múltiplos dos bancos em geral, bem como sua atratividade. Segundo um gestor, Unibanco e Banco do Brasil são as ações preferidas dos analistas no setor, mas BB tem pressão negativa da oferta de ações anunciada este semana.
Outro fator de alta é a procura dos investidores por papéis ainda líquidos, mas que não sejam Vale do Rio Doce. As ações são destaque inconteste dos investidores nos últimos tempos, e passaram por correção nos pregões recentes. Hoje, no entanto, voltam a subir.
Cyrela sobe 1,87%, após o UBS ter revisado suas estimativas para a empresa e elevado o preço-alvo de R$ 25,6 para R$ 29. As quedas do Ibovespa são apenas sete, com destaque para Pão de Açúcar, rebaixada pelo JP Morgan.