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                                | Presidente disse que 
                                projeto de Moraes pode estimular a 
                                diversificação |   
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                        O 
                        presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou 
                        simpático ao projeto de lei que institui o Fundo 
                        Nacional da Fumicultura (FNF). A proposta, de autoria do 
                        deputado federal Sérgio Moraes (PTB), prevê a criação de 
                        um imposto de 15% sobre o cigarro para angariar recursos 
                        destinados a pesquisas, saúde e complementação da renda 
                        de agricultores e trabalhadores da área do tabaco. 
                        
  A declaração do presidente foi expressa durante 
                        uma conversa informal com o parlamentar santa-cruzense, 
                        que entregou uma cópia do projeto, assim como a 
                        legislação da União Européia e Argentina, que possuem 
                        regras semelhantes. 
  Lula ressaltou o desafio de 
                        promover a diversificação rural e ficou entusiasmado com 
                        os valores que serão arrecadados a partir do FNF, que 
                        vem sendo discutido desde o começo do ano. O ministro da 
                        Saúde, José Gomes Temporão, também ficou empolgado com a 
                        sugestão. 
  De acordo com o projeto de Moraes, o 
                        fundo pode render R$ 1,6 bilhão anuais. Com estes 
                        recursos, a estimativa é proporcionar uma renda extra de 
                        R$ 2.219,00, em média, para as famílias que plantam 
                        tabaco. 
  Além disso, cada trabalhador da 
                        indústria fumageira receberia, por mês, uma gratificação 
                        de R$ 180,00. Os safreiros, na análise do parlamentar, 
                        seriam os mais beneficiados. Hoje eles trabalham três ou 
                        quatro meses e, depois, ficam sem receber. Com o fundo, 
                        teriam um ganho durante todo o ano. 
  O FNF também 
                        destinaria R$ 600 milhões por ano para pesquisas e 
                        tratamento do câncer de pulmão. Outros R$ 220 milhões 
                        financiariam a diversificação de lavouras e R$ 120 
                        milhões garantiriam estudos para apurar quais as 
                        culturas mais adequadas e que poderiam dar bons 
                        resultados nas pequenas propriedades. 
  Além 
                        disso, R$ 50 milhões seriam aplicados para equipar as 
                        polícias de fronteira a fim de evitar o contrabando de 
                        cigarros. O projeto, que conta também com apoio do 
                        deputado Henrique Fontana (PT), tramita nas comissões da 
                        Câmara Federal desde abril. 
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