13/10/2007 - 21h34
Um estudo feito por cientistas de vários países sugere que o vício do cigarro está na hereditariedade.
Segundo o cientista brasileiro Noé Zamel, coordenador de uma pesquisa
feita pela Universidade de Toronto (Canadá) “aproximadamente 70% da tendência de
se tornar dependente da nicotina é devido a uma tendência genética, herdado dos
pais ou dos seus ancestrais”.
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No Brasil, 25 milhões de pessoas fumam e 20 milhões querem parar e não
conseguem. "Eu já tentei parar de fumar, mas só consegui três dias. Não consegui
ficar mais. A gente fica nervosa e começa a fumar”, diz uma fumante.
“A
minha avó mascava fumo, meu pai fumava, minha mãe fumava a agora eu fumo, meu
marido fuma, meus filhos e minha nora”, conta.
A nicotina atua nos
circuitos da parte frontal do cérebro, aumentando a capacidade de concentração.
A ciência mostra que o vício do cigarro é o mais difícil de ser combatido entre
todos os tipos de dependência química. Das pessoas que tentam parar de fumar
apenas 20% conseguem por um período maior do que cinco anos.
Entre os
dependentes de drogas como maconha e cocaína o índice de pessoas que consegue
derrotar o vício pode chegar a 32%. Ainda segundo a comunidade científica
internacional, 15% dos fumantes fatalmente terão câncer de pulmão e outros 15%,
enfisema pulmonar.
O cientista recomenda o acompanhamento médico para o
tratamento dos fumantes.
“Deve ter apoio de medicação e essa medicação
pode influir nicotina de reposição, antidepressivos. É indispensável que
qualquer tratamento medicamentoso seja supervisionado”, alerta Zamel.
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