14/12/2007 - 11h31 - Atualizado em 14/12/2007 - 11h42
Muito tem se estudado sobre os efeitos nocivos do cigarro durante a gestação.
Evidências científicas apontam para o fato de que os efeitos farmacológicos da
nicotina sobre o feto começam ainda na fase intra-uterina.
Pesquisadores
de Rhode Island, nos EUA, relatam os resultados de um estudo que buscou
evidenciar alterações neurológicas e psíquicas em recém-nascidos causadas pela
exposição à nicotina ainda no útero da mãe.
Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em
Foco", da CBN; veja o site
Foram estudados mais de cinqüenta
bebes e suas mães, metade das quais era fumante. O nível de nicotina das mães
fumantes foi determinado através do consumo relatado de cigarros e também
através da dosagem da cotinina, um subproduto da nicotina na saliva materna.
Os bebês foram avaliados por pediatras que não sabiam se a mãe da criança era
fumante ou não. Os médicos registraram níveis de excitabilidade e irritabilidade
dos bebês, bem como sintomas gástricos, neurológicos e visuais.
Após
serem afastados os fatores que poderiam alterar os resultados, como uso de
álcool pelas mães, associação com medicamentos ou drogas ilícitas, o resultado
foi impressionante. Os bebês expostos a nicotina intra-útero apresentavam
irritabilidade, hipertonicidade muscular e excitabilidade aumentadas, além de
sinais neurológicos compatíveis com síndrome de abstinência de nicotina.
Esse estudo é mais uma prova de que as mães em gestação não podem
utilizar o cigarro.
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