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Cresce novo tipo de câncer com cigarro `seguro´

Fumante necessita de mais fumaça para se satisfazer

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17/10/2007 - 14:47 - Um novo estudo, apresentado na Coréia do Sul, mostra um crescimento significativo de um tipo específico de câncer de pulmão. Raro até bem pouco tempo atrás, o chamado adenocarcinoma já é considerado uma epidemia munidial.

Os médicos fazem a relação direta desse aumento com o hábito de fumar cigarros considerados mais leves, com baixo teor de nicotina. O problema, segundo os especialistas, é que os fumantes, nesses casos, necessitam de mais fumaça para se satisfazer.

O fumo causa 50 doenças diferentes, principalmente as do coração, respiratórias e o câncer. Entre 2000 e 2003, 50% dos casos de câncer no pulmão se referiam ao adenocarcinoma. Em 1950 esse índice era de 5%.

No Estado de São Paulo, a média de internações aumentou 2% ao ano de 2000 para cá. Já o número de mortes provocadas por câncer no pulmão cresceu 14% entre 2000 e 2005.

Os cigarros com filtros e baixos teores de nicotina, que estão entre os mais vendidos, têm ligação direta com a doença. A indústria do tabaco criou o chamado cigarro mais seguro diante das pressões das entidades antitabagistas.

“A idéia seria proteger o fumante, mas isso foi mostrado que é um grande engodo”, diz o médico oncologista Juvenal Oliveira Filho. Ele lembra que o câncer de pulmão está entre os mais agressivos, porque já se manifesta em estágio avançado da doença, o que reduz as chances de cura do paciente.

Tratamento

O tratamento de quimioterapia para o câncer é pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas há cerca de cinco anos alguns médicos utilizam a terapia molecular dirigida, que ataca diretamente o tumor e o efeito colateral é menor, se comparado com a quimioterapia. Mas esse tratamento não tem cobertura do SUS.

De acordo com o oncologista Juvenal Filho, alguns pacientes conseguiram na Justiça usar essa técnica pelo SUS. De acordo com a advogada especialista na área da saúde Maria Cecília Oliveira, esse é o caminho para quem não tem recursos para pagar por este tratamento alternativo.

Há até uma cartilha com mais informações sobre como fazer valer esse direito. Ela está disponível no site www.afag.org.br


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