Palácio dos Bandeirantes proíbe servidor de fumar
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo
Os cerca de 190 funcionários fumantes do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, podem ser punidos se flagrados fumando a partir de agora nas dependências do palácio, até mesmo nos jardins.
Ontem, o governo retirou os últimos cinzeiros dos três "fumódromos". Agora, quem trabalha ali só poderá fumar na divisa do palácio com a rua --distante alguns metros do prédio. Trabalham 950 pessoas no prédio, das quais 20% fumam.
Segundo a diretora de Recursos Humanos da Secretaria da Casa Civil, Silvia Alessio, os servidores já sabem da proibição. Em caso de processo administrativo, o funcionário, se considerado culpado, terá uma repreensão no seu prontuário.
Uma das conseqüências é ter zerada a contagem da licença-prêmio --os três meses de folgas remuneradas-- que o servidor pode ter a cada cinco anos.
Silvia diz esperar não punir ninguém. A repreensão será em último caso, para reincidentes. "No processo, ele terá o direito de se defender. E será oferecida ajuda para parar de fumar."
Funcionários ouvidos pela reportagem dizem, porém, que a informações dos superiores é que vai haver, sim, punições.
Para quem quer parar de fumar, o palácio tem desde 2006 um programa de ajuda que oferece tratamento médico e psicológico. Há 45 inscritos.
O objetivo com as medidas é se enquadrar nas regras para concessão do selo de "Ambientes Livres de Tabaco", programa lançado pelo próprio governador José Serra (PSDB) no final de agosto.
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