A
Sociedade Portuguesa de Pneumologia cria
programa de cessação tabágica e dá formação a
clínicos gerais sobre como ajudar os seus
doentes a deixar de fumar.
O Curso de
Cessação Tabágica, que está a decorrer nas zonas
Centro e Sul, aborda diversos casos clínicos e
temáticas, desde as componentes do fumo do
tabaco, às doenças relacionadas com o Tabagismo
e aos benefícios em deixar de fumar. Numa
altura em que se discute a legislação para o
tabaco, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia
(SPP) decidiu criar um Curso de Cessação
Tabágica dirigido aos médicos de clínica geral.
Segundo Segorbe Luís, presidente da
Sociedade Portuguesa de Pneumologia, o objectivo
do curso passa por “transmitir aos Médicos de
Família um conjunto de conhecimentos e condutas
que venha habilitá-los a exercer uma boa prática
em relação aos fumadores e ao abandono tabágico.
Existe ainda a necessidade de envolver os
profissionais de saúde mais activamente na
Cessação Tabágica, uma vez que, sendo a
dependência tabágica uma doença, requer um
tratamento e acompanhamento específico pelo
Médico”. “Num estudo de mercado levado a cabo em
finais de 2006, concluímos que existem cerca de
dois milhões de fumadores, dos quais metade quer
deixar de fumar. No entanto, só cerca de 20 por
cento decidiram fazê-lo. Torna-se essencial
alertar os fumadores que querem deixar de fumar
que a melhor forma de o conseguirem com sucesso
é através do aconselhamento e tratamento
médico”, diz ainda Segorbe Luís. Neste
momento, a SPP está a levar a cabo uma Campanha
de sensibilização e optou pela imagem de uma
figura pública reconhecida, para que os
fumadores que querem deixar de fumar se
identifiquem com ela e procurem o seu
médico. Para o presidente da Sociedade
Portuguesa de Pneumologia, as muitas facetas
negativas do tabagismo deveriam merecer das
entidades públicas uma atenção particular, pois
está demonstrado que as medidas restritivas têm
resultados visíveis na redução do hábito
tabágico e que o aumento significativo do custo
do tabaco tem também um efeito positivo na
diminuição do seu consumo. Para o
responsável “ainda é necessária muita divulgação
junto da população das consultas de Cessação
Tabágica existentes no país, mas, acima de tudo,
é importante dar a conhecer que qualquer Médico
de Família, com a formação adequada, pode ajudar
os fumadores que querem deixar de
fumar”.
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