Medo de morrer
ajuda a deixar o vício de cigarro |
Ações públicas
e de conscientização ganham espaço no Dia de Combate ao
Fumo |
Por 30
anos o cigarro fez parte da vida da dona-de-casa Nair
Felix Gadini, 53 anos. O companheiro de três décadas só
foi abandonado depois que o médico apontou o risco
iminente de ela desenvolver câncer.
Hoje, no Dia
de Combate ao Fumo, Nair está livre da nicotina. O
último cigarro ela fumou há três danos, depois de deixar
o consultório do médico.
“Fumei aquele cigarro e
disse ao meu marido que era o último. Foi”, diz Nair.
“Há três anos não chego perto de um cigarro.”
A
dona-de-casa procurou ajuda médica porque sentia a
garganta grossa e sentia falta de ar.
“A decisão
de parar de fumar foi forçada pelo medo de ficar doente
e morrer”, afirma a dona-de-casa.
Para compensar
a falta do cigarro, Nair comia para não fumar.
“Engordei, mas é melhor que ficar doente”,
diz.
Assim como a dona-de-casa, a assistente
comercial Ana Cláudia Alves Real, 34, começou a fumar na
adolescência, por influência de amigos.
“Só
deixei o cigarro quando engravidei de meu primeiro
filho. Não queria prejudicar o bebê”, diz Ana Cláudia.
Como o marido da assistente comercial não gosta
de cigarro, ele a incentivou e a ajudou a evitar
recaídas.
“Não foi fácil, mas consegui. Hoje sei
que nem deveria ter começado a fumar”, diz Ana
Cláudia.
De acordo com o cirurgião toráxico
Aldemir Bilacchi não adianta o paciente tomar remédios
se ele não estiver decidido a deixar o vício.
“O
cigarro é uma muleta química. O fumante se apóia nela na
alegria ou na tristeza”, diz o médico.
Bilacchi
afirma que fumantes só devem recorrer a medicamentos ou
tratamentos quando não conseguem deixar o vício
sozinho.
No ano passado, o HB (Hospital de Base)
de Rio Preto registrou 271 casos de câncer relacionado
ao tabagismo. A maior parte, 66, de câncer de
boca.
Como parar de fumar • Radical
ou gradual Deixe o cigarro de maneira definitiva ou
reduza gradualmente o número de cigarros consumidor por
dia
• Para o lixo Jogue fora tudo o que esteja
relacionado ao hábito de fumar, como isqueiros, fósforos
e cinzeiros
• Substitua Troque momentos de
fumar por atividades que lhe dêem prazer
•
Pausa A pausa no trabalho que seria para ir ao
“fumódromo“ pode se tornar em um passeio pelo
quarteirão
• Exercícios Invista em exercícios
físicos. Caminhadas em locais abertos e atividades
aeróbicas são boas opções para recuperar o fôlego
perdido por anos de vício
• Peso Ganhar até
dois quilos depois de deixar o cigarro é normal. De
qualquer maneira, evite alimentos gordurosos e doces
como forma de substituir o cigarro
Fonte: Inca
(Instituto Nacional de Câncer)
Empresas
receberão selo Empresas que eliminarem o cigarro
de seu ambiente vão receber o Selo Contra o
Cigarro.
O selo faz parte do programa Promoção de
Ambientes Livres do Tabaco, lançado anteontem pelo
Governo do Estado de São Paulo. Não há isenção
fiscal.
Para receber a certificação, o
estabelecimento deverá proibir o fumo em todas suas
dependências, fixar placas informando sobre a medida,
retirar todos os cinzeiros do local e garantir o
cumprimento da medida por funcionários e
clientes.
Em Rio Preto, nenhum estabelecimento
recebeu o Selo Contra o Cigarro. A primeira empresa a
receber o selo no Estado é a Johnson &
Johnson.
Os estabelecimento interessados em
receber a certificação pode procurar a Secretaria de
Estado de Saúde por meio do telefone (11) 3329-4467 ou
pelo e-mail
cratod@saude.sp.gov.br.
28/8/2007 |
Giseli
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