Home Faça do PÚBLICO sua homepage
Logo
2007 visto pelos fotógrafos do PÚBLICO
2007 visto pelos fotógrafos da Reuters
Veja a escolha do PÚBLICO
1 Janeiro 2008 - 23h56
Paulo Ricca/PÚBLICO
Até agora, a lei deixava à entidade patronal a opção de proibir ou não o fumo nas suas instalações
 
Comentar Ler comentários Enviar a amigo Imprimir Estatísticas     Diminuir tipo de letra Aumentar tipo de letra     Digg Do Melhor Delicious Tecnorati Yahoo
outros recursos
Infografia: como vai ser aplicada a nova ...
 
Com a entrada em vigor da nova lei
Empresas ajudam trabalhadores a deixar de fumar 
30.12.2007 - 08h46 Alexandra Campos, Catarina Gomes
Até agora, a lei deixava à entidade patronal a opção de proibir ou não o fumo nas suas instalações, mas a partir do primeiro dia do ano a proibição passa a ser a regra em todos os locais de trabalho. Das grandes empresas contactadas pelo PÚBLICO só duas irão criar salas de fumo (uma opção possível na lei) e algumas tentam que os seus trabalhadores deixem de fumar, comparticipando consultas e medicamentos.

“Na nossa empresa, 26,6 por centro dos colaboradores são fumadores regulares e 9,6 por cento fumam ocasionalmente. Queremos que pensem nas vantagens em deixar de fumar e, para os que não conseguem... nós iremos ajudá-los”. Este é um excerto de uma mensagem enviada aos trabalhadores da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), uma empresa que que emprega cerca de mil colaboradores.

As mensagens de sensibilização foram acompanhadas por um protocolo com uma clínica especializada onde os funcionários têm descontos de cerca de 40 por cento, explica Nuno Pinto Magalhães, assessor da administração, por e-mail. Também no âmbito da Medicina do Trabalho pode ser dado “apoio médico” a quem queira pôr de lado os cigarros.

Na SCC ainda se pode fumar em espaços de escritórios onde os trabalhadores que aí trabalham, “por consenso”, o tenham decidido.

Para a TMN, que emprega 1200 pessoas, a proibição de fumar nas instalações já é de há três anos, tendo sido acompanhada por uma campanha de sensibilização que passou pela medição, voluntária, dos níveis de monóxido de carbono dos pulmões dos funcionários, feita pelo Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (INCP), lembra fonte ofi cial da operadora.

Ao mesmo tempo, a TMN financiou nessa altura, “numa parte substancial”, programas de desabituação tabágica no INCP ou, em alternativa, numa clínica privada especializada, com quem têm um protocolo. Passados estes anos, e numa altura em que estão a decorrer obras no edifíciomãe, vão “aproveitar” para construir duas salas de fumo. Com ou sem salas de fumo?

Na Sonae SGPS há já bastante tempo que não se fuma em gabinetes e open spaces, existindo um local para fumadores. Independentemente da aplicação da nova lei, a partir de 1 de Janeiro serão criadas salas para fumadores com sistemas de ventilação e exaustão apropriados, explica Catarina Fernandes, do Gabinete de Comunicação da Sonae.

Na sede da Vodafone, em Lisboa, também houve rastreios, para que tanto fumadores activos como passivos pudessem medir “o seu nível de intoxicação por fumo de tabaco”.

Desde 2002 que só se pode fumar no exterior e desde há três anos que têm um protocolo com uma clínica privada, com descontos de dez por cento.

Na Real Seguros ainda é possível fumar nos corredores e zonas onde há máquinas de café. Quando o fumo foi restringido a estas áreas, há quatro anos, ofereceram aos 415 trabalhadores a comparticipação em 60 por cento do tratamento de cessação tabágica considerado mais adequado, incluindo os fármacos. Um terço dos 30 por cento dos fumadores da empresa aderiram, explica Ana Cabral, directora de recursos humanos da seguradora com sede no Porto e com 44 delegações. “Mais do que a comparticipação nos tratamentos foi a proibição que teve impacto na redução dos cigarros”. A campanha de comparticipação e sensibilização vai ser retomada em Janeiro, por causa da nova lei, explica.

Quanto à criação de salas de fumo, “não há sítio, não vamos mudar de instalações para as criar”, afirma Ana Cabral. Na sua opinião, o mesmo vai acontecer na maioria das empresas, poucas têm espaços livres onde possam instalar zonas de fumo. Este é também o caso da Brisa, explica o porta-voz da empresa, Franco Caruso. Neste momento ainda se pode fumar “em zonas comuns”. A proibição vai ser total e não serão criadas zonas de fumo, os funcionário terão que o fazer “em zonas ao ar livre anexas ao edifício”.

comentários
1 a 5 de um total de 12 Escrever comentário Escrever comentário   Diminuir Tipo de Letra Aumentar Tipo de Letra   Comentários Seguintes
Comentário 30.12.2007 - 16h51 - Nome, Localidade, País
É curioso verificar a adesão da generalidade dos fumadores a esta medida. A assumpção de que são fumadores e a consciência dos malefícios do tabaco constitui, por ventura, o primeiro passo para deixar de fumar. O querer determinado em parar, o segundo passo nesta longa caminhada até ao “estatuto “de “não fumado”. No meu caso pessoal esta caminhada já tem 21 dias. Não desanimem... porque é possível. Bom 2008.
 
Comentário 30.12.2007 - 13h43 - João Neto, Marinha Grande
É curioso verificar a adesão da generalidade dos fumadores a esta medida. A assumpção de que são fumadores e a consciência dos malefícios do tabaco constitui, por ventura, o primeiro passo para deixar de fumar. O querer determinado em parar o segundo passo nesta longa caminhada até ao “estatuto “de “não fumado”. No meu caso pessoal esta caminhada já tem 21 dias. Não desanimem... porque é possível. Bom 2008.
 
Comentário 30.12.2007 - 13h10 - Jorge Simões, Maia, Portugal
É um sinal dos tempos em que a ditadura nos chega de Bruxelas e de Lisboa disfarçada de democracia. Como professor não poderei sequer fumar ao ar livre no recinto da escola. Entretanto, ninguém se preocupa com todas as fontes de poluição de todos os tipos que nos destroem... Não. É o tabaco. Toda a vida as pessoas passaram ao lado do tabaco. Agora, de repente, toda a gente é alérgica ao tabaco. Fantástico! Quando, daqui a 20 ou 30 anos, verificarem que os níveis de cancro não diminuiram ainda vão dizer que foi por causa do fumo que tiveram que respirar. Mas as gerações passam e daqui a cem anos, quando verificarem que os níveis de cancro se mantêm, saberão que não é por causa do tabaco, só que entretanto já tudo não passará de um facto histórico. Entretanto, somos ditatorialmente forçado a deixar de fumar e a ficar com vidas ainda mais cinzentas. Vai ser proibido fumar em todo o lado! Discotecas saudáveis! Casinos saudáveis! Cafés saudáveis! Restaurantes saudáveis! Ninguém se preocupa, claro está, com o facto de se tratar de um sintoma de ditadura... O que os portuguesinhos querem é um grande pai que os assuste e os mantenha debaixo da asa. Fixe. Vou deixar de fumar, muito provavelmente vou, mas é porque sou obrigado - e não digam que é o melhor que me pode acontecer. Quem são vocês para o fazer?
 
Comentário 30.12.2007 - 13h04 - Paulo, Seixal
Bom dia. Sou funcionário da Sonae e desminto a informação dada. Vejamos: Há empresas, dentro do grupo Sonae, onde é possível fumar dentro das instalações (basta deslocarem-se ao armazém da Worten do Colombo por exemplo...). Também é mentira quando falam da existência das salas para fumadores, isto é, apenas algumas escassas secções dispõe de uma sala minúscula...Não sou fumador e considero que deveriam existir inspecções anónimas a determinadas lojas da Sonae...
 
Comentário 30.12.2007 - 11h56 - Julia Guerreiro, Rabo de Peixe
Ainda ninguem ventilou um facto que irá suceder em todas as empresas. É que cada trabalhador/fumador irá parar pelo menos, 10 minutos em cada hora para ir fumar não sei onde. Num dia de trabalho normal a 8 horas, são 80 minutos = 1 hora e 20 minutos dia. Vezes X sobre Y elevado ao quadrado, 3,14.16. mais a lei de massa do sr. Einstein, etc. etc. vejam o prejuízo que a empresa tem ao fim do ano. Já alguem fez estas contas ???
 
Comentários 1 a 5

comente este artigo
Critérios para publicação de comentários
   
Arte Photographica
Discursos do Outro Mundo
Timor
Tempo de viajar
 
PUB
Capa do Jornal PÚBLICO
 
a frase
´"Vamos fiscalizar o que está na lei e que tem apenas a ver com os três requisitos exigidos nas áreas para fumadores. A legislação é para ser aplicada e não haverá grandes problemas, como aconteceu em outros países".
Francisco Lopes, subinspector-geral da ASAE, "Diário de Notícias", 31-12-2007
 
Arbitragem apenas reduziu pena inicial para metade
Falsos testemunhos em investigações a doping e fraude bancária
 
Estudo holandês suspeita da acção da leptina
Obesidade
Programa “Movimento Energia Positiva”
 

 
1 Janeiro 2008 - 23h56
 
@ 2007 PÚBLICO Comunicação Social SA - Director: José Manuel Fernandes
Director executivo: José Vítor Malheiros - Editor do PUBLICO.PT: António Granado - Webmaster: Paulo Almeida - Publicidade - Webdesign - Provedor dos Leitores