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Até agora, a lei
deixava à entidade patronal a opção de proibir ou não o fumo
nas suas instalações | |
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Com a
entrada em vigor da nova lei
Empresas ajudam trabalhadores a deixar de
fumar
30.12.2007 -
08h46 Alexandra Campos, Catarina Gomes
Até agora,
a lei deixava à entidade patronal a opção de proibir ou não o fumo nas
suas instalações, mas a partir do primeiro dia do ano a proibição passa a
ser a regra em todos os locais de trabalho. Das grandes empresas
contactadas pelo PÚBLICO só duas irão criar salas de fumo (uma opção
possível na lei) e algumas tentam que os seus trabalhadores deixem de
fumar, comparticipando consultas e medicamentos.
“Na nossa empresa,
26,6 por centro dos colaboradores são fumadores regulares e 9,6 por cento
fumam ocasionalmente. Queremos que pensem nas vantagens em deixar de fumar
e, para os que não conseguem... nós iremos ajudá-los”. Este é um excerto
de uma mensagem enviada aos trabalhadores da Sociedade Central de Cervejas
e Bebidas (SCC), uma empresa que que emprega cerca de mil colaboradores.
As mensagens de sensibilização foram acompanhadas por um protocolo
com uma clínica especializada onde os funcionários têm descontos de cerca
de 40 por cento, explica Nuno Pinto Magalhães, assessor da administração,
por e-mail. Também no âmbito da Medicina do Trabalho pode ser dado “apoio
médico” a quem queira pôr de lado os cigarros.
Na SCC ainda se
pode fumar em espaços de escritórios onde os trabalhadores que aí
trabalham, “por consenso”, o tenham decidido.
Para a TMN, que
emprega 1200 pessoas, a proibição de fumar nas instalações já é de há três
anos, tendo sido acompanhada por uma campanha de sensibilização que passou
pela medição, voluntária, dos níveis de monóxido de carbono dos pulmões
dos funcionários, feita pelo Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva
(INCP), lembra fonte ofi cial da operadora.
Ao mesmo tempo, a TMN
financiou nessa altura, “numa parte substancial”, programas de
desabituação tabágica no INCP ou, em alternativa, numa clínica privada
especializada, com quem têm um protocolo. Passados estes anos, e numa
altura em que estão a decorrer obras no edifíciomãe, vão “aproveitar” para
construir duas salas de fumo. Com ou sem salas de fumo?
Na Sonae
SGPS há já bastante tempo que não se fuma em gabinetes e open spaces,
existindo um local para fumadores. Independentemente da aplicação da nova
lei, a partir de 1 de Janeiro serão criadas salas para fumadores com
sistemas de ventilação e exaustão apropriados, explica Catarina Fernandes,
do Gabinete de Comunicação da Sonae.
Na sede da Vodafone, em
Lisboa, também houve rastreios, para que tanto fumadores activos como
passivos pudessem medir “o seu nível de intoxicação por fumo de tabaco”.
Desde 2002 que só se pode fumar no exterior e desde há três anos
que têm um protocolo com uma clínica privada, com descontos de dez por
cento.
Na Real Seguros ainda é possível fumar nos corredores e
zonas onde há máquinas de café. Quando o fumo foi restringido a estas
áreas, há quatro anos, ofereceram aos 415 trabalhadores a comparticipação
em 60 por cento do tratamento de cessação tabágica considerado mais
adequado, incluindo os fármacos. Um terço dos 30 por cento dos fumadores
da empresa aderiram, explica Ana Cabral, directora de recursos humanos da
seguradora com sede no Porto e com 44 delegações. “Mais do que a
comparticipação nos tratamentos foi a proibição que teve impacto na
redução dos cigarros”. A campanha de comparticipação e sensibilização vai
ser retomada em Janeiro, por causa da nova lei, explica.
Quanto à
criação de salas de fumo, “não há sítio, não vamos mudar de instalações
para as criar”, afirma Ana Cabral. Na sua opinião, o mesmo vai acontecer
na maioria das empresas, poucas têm espaços livres onde possam instalar
zonas de fumo. Este é também o caso da Brisa, explica o porta-voz da
empresa, Franco Caruso. Neste momento ainda se pode fumar “em zonas
comuns”. A proibição vai ser total e não serão criadas zonas de fumo, os
funcionário terão que o fazer “em zonas ao ar livre anexas ao edifício”.
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30.12.2007 -
16h51 - Nome, Localidade, País |
É curioso verificar a adesão da generalidade
dos fumadores a esta medida. A assumpção de que são fumadores e a
consciência dos malefícios do tabaco constitui, por ventura, o
primeiro passo para deixar de fumar. O querer determinado em parar,
o segundo passo nesta longa caminhada até ao “estatuto “de “não
fumado”. No meu caso pessoal esta caminhada já tem 21 dias. Não
desanimem... porque é possível. Bom 2008. |
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30.12.2007 -
13h43 - João Neto, Marinha Grande |
É curioso verificar a adesão da generalidade
dos fumadores a esta medida. A assumpção de que são fumadores e a
consciência dos malefícios do tabaco constitui, por ventura, o
primeiro passo para deixar de fumar. O querer determinado em parar o
segundo passo nesta longa caminhada até ao “estatuto “de “não
fumado”. No meu caso pessoal esta caminhada já tem 21 dias. Não
desanimem... porque é possível. Bom 2008. |
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30.12.2007 -
13h10 - Jorge Simões, Maia, Portugal |
É um sinal dos tempos em que a ditadura nos
chega de Bruxelas e de Lisboa disfarçada de democracia. Como
professor não poderei sequer fumar ao ar livre no recinto da escola.
Entretanto, ninguém se preocupa com todas as fontes de poluição de
todos os tipos que nos destroem... Não. É o tabaco. Toda a vida as
pessoas passaram ao lado do tabaco. Agora, de repente, toda a gente
é alérgica ao tabaco. Fantástico! Quando, daqui a 20 ou 30 anos,
verificarem que os níveis de cancro não diminuiram ainda vão dizer
que foi por causa do fumo que tiveram que respirar. Mas as gerações
passam e daqui a cem anos, quando verificarem que os níveis de
cancro se mantêm, saberão que não é por causa do tabaco, só que
entretanto já tudo não passará de um facto histórico. Entretanto,
somos ditatorialmente forçado a deixar de fumar e a ficar com vidas
ainda mais cinzentas. Vai ser proibido fumar em todo o lado!
Discotecas saudáveis! Casinos saudáveis! Cafés saudáveis!
Restaurantes saudáveis! Ninguém se preocupa, claro está, com o facto
de se tratar de um sintoma de ditadura... O que os portuguesinhos
querem é um grande pai que os assuste e os mantenha debaixo da asa.
Fixe. Vou deixar de fumar, muito provavelmente vou, mas é porque sou
obrigado - e não digam que é o melhor que me pode acontecer. Quem
são vocês para o fazer? |
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30.12.2007 -
13h04 - Paulo, Seixal |
Bom dia. Sou funcionário da Sonae e desminto
a informação dada. Vejamos: Há empresas, dentro do grupo Sonae, onde
é possível fumar dentro das instalações (basta deslocarem-se ao
armazém da Worten do Colombo por exemplo...). Também é mentira
quando falam da existência das salas para fumadores, isto é, apenas
algumas escassas secções dispõe de uma sala minúscula...Não sou
fumador e considero que deveriam existir inspecções anónimas a
determinadas lojas da Sonae... |
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30.12.2007 -
11h56 - Julia Guerreiro, Rabo de Peixe |
Ainda ninguem ventilou um facto que irá
suceder em todas as empresas. É que cada trabalhador/fumador irá
parar pelo menos, 10 minutos em cada hora para ir fumar não sei
onde. Num dia de trabalho normal a 8 horas, são 80 minutos = 1 hora
e 20 minutos dia. Vezes X sobre Y elevado ao quadrado, 3,14.16. mais
a lei de massa do sr. Einstein, etc. etc. vejam o prejuízo que a
empresa tem ao fim do ano. Já alguem fez estas contas
??? |
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